Na semana passada, mais uma empresa aérea de baixo custo (low

cost) foi autorizada pela Anac a operar no Brasil. A Jet Smart, de
propriedade do fundo norte-americano Indigo Partners é a quarta
companhia deste modelo autorizada a voar no País, que já conta com
a europeia Norwegian, a chilena Sky e a argentina Flybondi. Destas,
duas já iniciaram suas operações: a Norwegian, que voa do Rio para
Londres, e a Sky, que liga a capital Santiago a Florianópolis, Rio de
Janeiro, Salvador e São Paulo.
Não podemos esquecer da Globalia, responsável pela Air Europa,
que desde maio deste ano está autorizada a operar voos domésticos
no Brasil. Ela foi a primeira aérea internacional a solicitar outorga
para constituição de empresa com 100% de capital estrangeiro em
operação regular de passageiros no País.
A empresa mantém em sigilo os detalhes de sua operação no mercado
doméstico brasileiro. Em maio, o CEO do grupo, Javier Hidalgo,
se reuniu com representantes políticos para explicar um pouco de
como pretender se estabelecer por aqui. “Teremos no menor tempo
possível um plano de negócios e um estudo das possibilidades apresentadas
com esta oportunidade”, afirmou Hidalgo, que disse ainda
que sua empresa pretende investir também na hotelaria brasileira,
trazendo para cá o modelo de gestão que a empresa aplica na Europa
e Caribe.
Para se ter ideia da grandiosidade deste mercado, basta analisarmos
os últimos dados divulgadas pela Iata. Entre todos os assentos vendidos
em 2018 (4,4 bilhões), 29% foram em aeronaves operadas por
empresas de baixo custo. O segmento low cost foi o que apresentou
a maior expansão em capacidade de transporte, subindo 13,4% na
comparação com o ano anterior. Em 2004, por exemplo, o modelo
de negócio foi responsável por 16% dos passageiros. E as chamadas
aéreas tradicionais pegaram vários “ensinamentos” desse modelo de
aérea, como a venda de serviços e os custos mais restritos.
Fonte: PANROTAS