A temporada de reprodução das tartarugas marinhas começou em setembro de 2025 e segue até março de 2026 no Litoral Norte da Bahia, uma das regiões mais importantes para a desova no país. A expectativa é de que cerca de 10 mil ninhos sejam formados nesse período, atraindo a atenção de ambientalistas e órgãos de proteção. O trabalho de monitoramento e resgate é realizado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em parceria com o Projeto Tamar, que acolhe os animais debilitados e desenvolve ações educativas.
A Bahia, com seus 1.100 quilômetros de costa, abriga diferentes espécies de tartarugas marinhas, todas ameaçadas de extinção. Muitas delas percorrem longas rotas migratórias, vindas de lugares tão distantes quanto a África ou a Argentina, para cumprir o ciclo de desova em praias baianas. Entretanto, a ação humana ainda representa um risco significativo: iluminação artificial, veículos na areia e obstáculos na praia podem comprometer tanto os ninhos quanto a orientação dos filhotes recém-nascidos.
Por isso, as autoridades reforçam algumas orientações importantes à população e aos visitantes: manter as praias escuras à noite, evitar apagar rastros deixados pelas fêmeas, não remover estacas que sinalizam ninhos e não permitir a circulação de veículos sobre a faixa de areia. Além disso, leis estaduais e municipais proíbem o uso de luzes artificiais próximas ao mar para não desorientar os filhotes.
O Inema e o Projeto Tamar também desenvolvem campanhas constantes de conscientização, lembrando que os cuidados precisam ser mantidos o ano inteiro. Para denúncias ou informações, a população pode acionar o Inema pelo telefone 0800 071 1400, o CETAS pelo WhatsApp (71) 99661-3998 ou o Projeto Tamar na Praia do Forte pelo número (71) 3676-1045.