O turismo no Brasil segue em forte crescimento em 2025, registrando no primeiro semestre mais de 5,3 milhões de visitantes estrangeiros, um aumento de 48,2% em relação ao mesmo período de 2024 e a maior marca histórica para o período. Esse resultado já representa 77% da meta anual do Plano Nacional de Turismo, o que pode levar o país a superar, ainda neste ano, a meta originalmente prevista apenas para 2027, de 8,1 milhões de turistas internacionais.
O desempenho brasileiro é o mais expressivo da América do Sul, ficando atrás apenas do Paraguai no ranking global de crescimento no primeiro trimestre. Enquanto a média sul-americana de alta foi de 13% e a global de 5%, o Brasil apresentou ritmo muito superior, consolidando-se como destaque regional.
Um dos principais fatores para esse avanço é a expansão da malha aérea internacional. Em 2025, o Brasil recebeu 43 novas rotas diretas ou retomadas, conectando o país a destinos estratégicos como Argentina, Chile, Colômbia, México, Estados Unidos, Canadá, Espanha e Portugal. Entre os destaques estão a retomada dos voos da Argentina, que impulsionaram um crescimento de 92% na emissão de bilhetes para o Brasil, e novas ligações como Bogotá–Belém/Manaus, Miami–Belém e Toronto–Rio de Janeiro. Com isso, estima-se que o Brasil alcance 17,7 milhões de assentos internacionais neste ano, liderando a alta de voos na América do Sul, que deve somar 52,5 milhões de assentos.
O impacto econômico desse movimento também é expressivo. Segundo estimativas do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), em parceria com a Oxford Economics, o turismo deve injetar cerca de US$ 168 bilhões na economia brasileira em 2025, representando 7,7% do PIB nacional. A crescente conectividade, somada à diversificação de destinos e mercados emissores, tem reduzido a sazonalidade e impulsionado o turismo regional, colocando o Brasil em posição de destaque no cenário global de viagens.