O governo dos Estados Unidos anunciou que, a partir de 20 de agosto de 2025, iniciará um projeto piloto exigindo pagamento de caução financeira para solicitações de vistos B‑1 (negócios) e B‑2 (turismo) de alguns países. O valor pode variar entre US$ 5.000 e US$ 15.000 (equivalente a cerca de R$ 27.600 a R$ 82.700) e será definido durante a entrevista consular, após o preenchimento do Formulário I‑352 do Departamento de Segurança Interna. O pagamento deverá ser realizado via plataforma oficial Pay.gov, e mesmo com o depósito, a aprovação do visto não é garantida; valores pagos sem orientação oficial não serão reembolsados.
Até o momento, apenas dois países estão incluídos na medida: Malaui e Zâmbia, ambos localizados na África Austral. O Brasil ficou de fora dessa lista e, por ora, não precisará pagar a caução para emissão de vistos de turismo ou negócios.
A iniciativa está relacionada a uma ordem executiva do presidente Trump chamada “Protegendo o povo americano contra invasões”, com o objetivo de combater práticas de permanência irregular nos EUA. A imposição da caução recai sobre cidadãos de países com altas taxas de “overstay” (permanência além do tempo permitido) ou com dados considerados insuficientes no momento da triagem. Dados indicam que o Malaui tem taxa de overstaying de cerca de 14,32% e a Zâmbia 11,11%, enquanto o Brasil registra uma taxa bem menor, de aproximadamente 1,62%. Isso contribui para sua exclusão da lista.