A partir de 2 de setembro de 2025, os Estados Unidos passarão a exigir entrevista presencial para a grande maioria dos solicitantes de vistos de não imigrante. A mudança atinge praticamente todas as categorias, incluindo turismo e negócios (B-1/B-2), estudantes (F e M), intercâmbio (J) e trabalho temporário (H, L, O, E, entre outros). Mesmo menores de 14 anos e maiores de 79, que antes eram isentos, terão de comparecer pessoalmente a um consulado.
As isenções serão raras e restritas a vistos diplomáticos ou oficiais (A-1, A-2, G-1 a G-4, C-3, NATO, entre outros) e a renovações de B-1/B-2 ou Border Crossing Card dentro de 12 meses após o vencimento, desde que o visto anterior tenha sido emitido com validade completa, o solicitante tivesse 18 anos ou mais na época e não tenha histórico de recusa.
A medida encerra a flexibilização adotada durante a pandemia, com o objetivo de reforçar a segurança e retomar procedimentos consulares mais rigorosos. No entanto, a expectativa é de aumento no tempo de espera — que pode chegar a cinco meses em alguns consulados — e maior dificuldade para agendamento, especialmente em cidades com alta demanda como São Paulo e Brasília.
Além disso, o custo deve subir, com a adição de uma taxa de US$ 250, elevando o valor total para cerca de R$ 2.350. Em alguns casos, está em discussão a exigência de uma fiança entre US$ 5.000 e US$ 15.000 para solicitantes de vistos de turismo e negócios, embora ainda não esteja definido se valerá para brasileiros.
Com a mudança, será necessário planejar com mais antecedência, preencher corretamente o formulário DS-160, organizar todos os documentos e se preparar para deslocamentos até o consulado. A checagem de antecedentes pode incluir até mesmo a análise de redes sociais, especialmente para estudantes e participantes de intercâmbio.