O afroturismo — isto é, o turismo centrado na cultura negra, na ancestralidade africana e na diáspora — está crescendo rapidamente no Brasil. De acordo com a operadora Civitatis, as buscas por experiências afrocentradas aumentaram 30% entre 2024 e 2025.
Esse movimento ganha força especialmente no feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (20 de novembro), que se tornou uma data estratégica para roteiros socioculturais — não só como momento de reflexão, mas também como oportunidade econômica.
O crescimento do afroturismo não é apenas nacional: no cenário internacional, as pesquisas por viagens que valorizam a cultura negra subiram, em média, 45%, com destaque para países como Espanha, França e Itália.
No Brasil, os destinos mais procurados estão ligados a regiões com forte legado afro-brasileiro — como Bahia, Pernambuco, Maranhão, Pará, Minas Gerais (Belo Horizonte), Rio de Janeiro e São Paulo.
Esses roteiros valorizam o turismo de base comunitária e a criatividade local, oferecendo experiências autênticas, como visitas a terreiros, museus afro, comunidades quilombolas, gastronomia ancestral e circuitos históricos de resistência.
O afroturismo é visto como uma ferramenta de transformação social: ele não só gera renda para comunidades negras, mas também fortalece a identidade cultural, promove inclusão e ressignifica a narrativa sobre a herança africana.